Na quarta-feira, dia 26, a revista The Atlantic divulgou uma série de mensagens de texto do grupo de bate-papo Signal, que incluíam altos funcionários de segurança nacional do governo Trump. A análise dessas mensagens apontou para uma significativa falha na segurança operacional, uma vez que detalhes confidenciais sobre uma operação contra os Houthis foram revelados no bate-papo antes da execução do ataque. As mensagens contradizem as afirmações do Secretário de Defesa e de outros membros do governo Trump, que negaram discussões sobre os planos de guerra no grupo.
Entre as mensagens publicadas, uma enviada pelo Secretário de Defesa, Pete Hegseth, contém informações operacionais sobre o ataque, incluindo detalhes específicos de programação: “O clima está FAVORÁVEL. Acabamos de CONFIRMAR com o CENTCOM que estamos prontos para o lançamento da missão”. Autoridades dos Estados Unidos alegaram que as informações circuladas nas mensagens não eram consideradas confidenciais.
Hegseth continuou a fornecer informações detalhadas sobre a operação. As mensagens relatam horários exatos das etapas do ataque: “12h15: LANÇAMENTO dos F-18s (1º pacote de ataque)”, “13h45: Inicia-se a janela de 1º ataque do F-18 ‘baseado em gatilhos’”, “14h10: Mais F-18s LANÇADOS (2º pacote de ataque)”, “14h15: Ataque de drones no alvo”, e “15h36: Início do 2º ataque com F-18s – também, os primeiros mísseis Tomahawk baseados no mar foram lançados”. Essas informações foram recebidas, de acordo com a The Atlantic, “duas horas antes do início programado do bombardeio das posições dos Houthis”.
A publicação destaca que, se esses detalhes, especialmente os horários exatos das decolagens das aeronaves americanas para o Iémen, tivessem chegado a pessoas não autorizadas, os pilotos e outros membros da equipe teriam enfrentado um risco ainda maior durante essa janela crítica de duas horas. O conselheiro de segurança nacional, Mike Waltz, enviou uma mensagem posteriormente para confirmar que o alvo estava em um prédio que colapsou, e que o ataque foi bem-sucedido. Mais tarde, Hegseth informou ao grupo que novos ataques estariam programados.
Após a divulgação das mensagens por The Atlantic, a Casa Branca reagiu, tentando desacreditar as reportagens, embora o Conselho de Segurança Nacional tenha confirmado a autenticidade das mensagens.
