Autoridades russas anunciaram a prisão de um indivíduo supostamente vinculado a serviços especiais da Ucrânia, em relação à explosão de um veículo que resultou na morte do general Yaroslav Moskalik. O suspeito teria adquirido o carro que explodiu em Balashikha, localizado a cerca de 32 quilômetros a leste de Moscou, conforme informado pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB). A nacionalidade do indivíduo permanece indefinida, mas, segundo o FSB, ele possui autorização de residência na Ucrânia.
O FSB também o acusou de ter colocado um dispositivo explosivo no carro, que foi detonado na Ucrânia. Um vídeo divulgado pela TASS parece mostrar partes do veículo e componentes eletrônicos queimados. De acordo com informações do Comitê Investigativo da Rússia, a explosão foi provocada por um dispositivo explosivo improvisado, cheio de estilhaços. O general Moskalik ocupava o cargo de vice-chefe da Diretoria Principal de Operações do Estado-Maior das Forças Armadas Russas.
O blog militar russo Rybar informou que Moskalik não se encontrava no veículo Volkswagen no momento da explosão, mas estava nas proximidades após sair de um edifício adjacente. A CNN não conseguiu confirmar independentemente essa informação. Imagens divulgadas pelas autoridades parecem mostrar o suspeito dirigindo um Volkswagen verde escuro, cujas placas supostamente foram encontradas no local da explosão. Um vídeo da TASS também mostrou o homem sendo colocado em uma van e incluiu imagens dele aparentemente sob custódia, mencionando seu suposto envolvimento com serviços especiais ucranianos. Não está claro se a confissão foi feita sob coação.
Até o momento, ninguém reivindicou a responsabilidade pela explosão. A CNN entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia em busca de esclarecimentos sobre as alegações de conexão do suspeito com a Ucrânia. A morte de Moskalik ocorreu no mesmo dia em que o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, no Kremlin, para dialogar sobre os esforços para encerrar o conflito na Ucrânia.
Após uma reunião de três horas, o presidente dos EUA expressou otimismo sobre a aproximação de um acordo entre as partes. Porém, no dia seguinte, levantou dúvidas sobre a vontade de Putin em alcançar um consenso de paz, logo após ter se encontrado com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky no Vaticano. Em uma publicação nas redes sociais, Trump sugeriu a implementação de novas sanções à Rússia, após ataques a Kiev na semana anterior. “Não havia razão para Putin disparar mísseis contra áreas civis, cidades e vilas nos últimos dias”, afirmou. “Isso me faz crer que talvez ele não queira acabar com a guerra, mas que está simplesmente me provocando e precise ser tratado de forma diferente, através de ‘Bancos’ ou ‘Sanções Secundárias’. Muitas vidas estão sendo perdidas.”
