Um ataque aéreo realizado por forças russas com mísseis balísticos impactou o porto de Odessa, localizado no sul da Ucrânia, assim como Dnipro, no sudeste, e a cidade de Kryvyi Rih, no centro, na madrugada de 12 de março de 2025. O incidente resultou na morte de pelo menos cinco pessoas e deixou mais de dez feridos. Kryvyi Rih, cidade natal do presidente Volodymyr Zelensky, tem sido um alvo frequente desde o início da invasão russa, ocorrida há três anos. O governador da região de Dnipropetrovsk, Serhiy Lysak, informou que o ataque causou danos significativos a uma instalação de infraestrutura, além de atingir prédios residenciais, comerciais e uma escola.
Uma mulher de 47 anos foi confirmada como uma das vítimas fatais do ataque. A Força Aérea da Ucrânia relatou que a Rússia utilizou três mísseis para atingir Kryvyi Rih e o porto de Odessa, além de ter lançado 133 drones em um ataque a todo o país durante a mesma ocorrência. As unidades de defesa antiaérea conseguiram interceptar 98 dos drones, de acordo com a Força Aérea.
O governador Lysak também mencionou que o ataque em Dnipro resultou em uma pessoa ferida e causou danos à infraestrutura, a empresas e cerca de dez residências, provocando incêndios que já foram praticamente extintos. Em Odessa, os bombardeios direcionados à infraestrutura portuária resultaram na morte de quatro cidadãos sírios, além de deixar um ucraniano e um cidadão sírio feridos, conforme comunicou o vice-primeiro-ministro da Ucrânia, Oleksiy Kuleba. O ataque danificou um navio, identificado como “MJ PINA”, que possui bandeira de Barbados, além de outra embarcação e instalações de armazenamento de grãos.
Kuleba também informou que, no momento do ataque, o navio estava carregando trigo destinado à exportação para a Argélia, enfatizando que se tratava de uma embarcação civil. A vítima mais jovem tinha 18 anos, enquanto a mais velha tinha 24 anos. Este ataque noturno ocorreu após a Ucrânia aceitar uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo “imediato e provisório” de 30 dias, seguindo negociações realizadas entre os dois países no dia anterior, na Arábia Saudita. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, mencionou que as autoridades da Casa Branca agora comunicariam a proposta à Rússia, posicionando-se a Moscou para responder à oferta.