16 junho 2025
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Satélite Gera Eclipse Solar Artificial e Descobre Novas Informações

Luz verde capturada por um satélite indica a presença de ferro ionizado na coroa solar, apontando as áreas mais quentes da atmosfera do Sol.

Dois satélites em formação, posicionados a 150 metros um do outro, conseguiram simular o fenômeno do eclipse total do Sol de maneira artificial. Isso foi realizado pela missão Proba-3 da Agência Espacial Europeia (ESA), que recentemente divulgou suas primeiras imagens. Um dos satélites, denominado Ocultador, se coloca de forma a bloquear a luz do disco solar, enquanto o outro, o Coronógrafo, capta a radiação emitida pela coroa solar, que é a camada mais externa e luminosa da atmosfera solar. Essa abordagem possibilita aos cientistas observar detalhes do Sol que estão normalmente encobertos pelo brilho intenso da sua superfície. Entre os fenômenos observados estão os streamers em forma de capacete, explosões de plasma e estruturas constituídas por ferro e hélio ionizados, todos componentes da coroa solar que auxiliam na compreensão do comportamento estelar.

Estudos da coroa solar são de grande relevância científica. Eclipses solares naturais proporcionam uma oportunidade ímpar para investigar essa região, mas ocorrem de forma esporádica e têm duração limitada a poucos minutos. Com a tecnologia do Proba-3, é possível realizar essas observações a cada 19,6 horas, com duração de até seis horas consecutivas. Essa constante frequência de observação representa um avanço significativo no monitoramento solar.

Embora ainda esteja em fase de testes, o sistema já produziu imagens impressionantes. Uma delas revela ferro ionizado, destacando as regiões mais quentes da coroa. Outra imagem, com um tom amarelado, ilustra uma proeminência solar, que é uma enorme curva de plasma se estendendo da superfície. Registros de hélio e luz branca também foram obtidos, cada um mostrando diferentes camadas e temperaturas da atmosfera solar.

Com a futura operação científica plena da missão, espera-se que essas observações se tornem ainda mais exatas. Entretanto, os resultados preliminares já demonstram o potencial de satélites em formação, que imitam eclipses para estudar os fenômenos extremos que ocorrem na estrela que sustenta a vida na Terra.

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