O Secretário de Estado Marco Rubio buscou esclarecer a declaração do ex-presidente Donald Trump, que sugeriu que os Estados Unidos deveriam “assumir” e “possuir” Gaza. Rubio afirmou que Trump estava, na verdade, propondo que os EUA “assumissem a responsabilidade pela reconstrução” da região, implicando que os habitantes de Gaza deveriam se deslocar temporariamente durante esse processo. Durante uma coletiva de imprensa na Cidade da Guatemala, ao lado do presidente guatemalteco Bernardo Arévalo, Rubio descreveu a oferta de Trump como uma proposta generosa, destacando que os Estados Unidos estariam dispostos a intervir e remover os escombros e a destruição existentes na área.
Rubio também mencionou que, durante o processo de reconstrução, os moradores de Gaza não poderiam permanecer em suas casas, pois as equipes precisariam acessar a região para realizar as operações de limpeza, que incluirão a remoção de munições não detonadas e dos detritos resultantes dos conflitos anteriores. As declarações de Rubio contrastam com as palavras de Trump, que, em uma manifestação anterior, comentou que esperava que a população não quisesse retornar, questionando quem estaria disposto a voltar.
Além disso, Rubio ressaltou que os pormenores de tal plano teriam de ser discutidos entre diversas nações parceiras. Ele enfatizou que a proposta não deveria ser vista como uma ação hostil. Rubio considerou a oferta como um gesto muito generoso, mencionando a necessidade de responsabilidade na reconstrução de uma área onde, mesmo que as pessoas retornem, não teriam um lugar seguro para morar devido à presença de munições não detonadas e escombros.
O secretário de Estado não abordou como ou se os palestinos poderiam retornar a Gaza após uma possível realocação. Críticos da iniciativa, tanto nos Estados Unidos quanto no cenário internacional, alegaram que essa abordagem poderia ser interpretada como uma forma de limpeza étnica.
