O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, declarou que uma resposta proporcional será dada aos criminosos que invadiram e dispararam contra policiais na 60ª DP (Campos Elíseos). O incidente ocorreu no sábado (15), após a unidade prender o líder do tráfico de drogas na comunidade Vai Quem Quer, localizada em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Rodolfo Manhães Viana, conhecido como Rato, e seu comparsa, Wesley de Souza do Espírito Santo, foram detidos em uma operação de inteligência onde estavam armados com um fuzil.
Curi enfatizou que o ataque representa uma afronta à segurança pública do estado, assegurando que as ações dos criminosos não ficarão impunes. Ele destacou que toda a segurança pública estará mobilizada para capturar todos os envolvidos, prometendo uma resposta firme e efetiva. As declarações foram feitas durante uma coletiva de imprensa, que também contou com a presença do secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, e do secretário de Polícia Militar, Marcelo de Menezes.
Menezes classificou o ataque como um ato de terrorismo e anunciou o aumento do efetivo da Polícia Militar na área afetada. De acordo com as informações repassadas, a maioria dos envolvidos no ataque já foi identificada; seis criminosos foram presos e um indivíduo foi morto em um confronto com a polícia durante as operações de busca e detenção promovidas neste domingo. As ações policiais estão focadas nas comunidades de Vai Quem Quer, Rua 7, Rasta, Santa Lúcia e Rodrigues Alves, em Duque de Caxias.
Victor dos Santos comentou que a situação atual no Rio é consequência de políticas públicas inadequadas no passado. A operação que resultou na prisão de Rato e seu comparsa foi motivada pela descoberta de que membros do Comando Vermelho (CV) de Duque de Caxias planejavam deslocar-se para o Morro do Juramento, na Zona Norte, para apoiar criminosos em conflito com o Terceiro Comando Puro (TCP).
Após as detenções, um dos líderes do CV em Caxias, Joab da Conceição Silva, orquestrou o ataque à delegacia com a intenção de resgatar os prisioneiros. Um grupo de criminosos encapuzados e armados conseguiu entrar no local. Entretanto, os detidos já haviam sido transferidos para a sede da Polinter, na Cidade da Polícia, e nada foi roubado durante a ação. A situação resultou em intensa troca de tiros, com dois policiais feridos que foram encaminhados ao Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde já receberam alta. A delegacia ficou com os vidros totalmente destruidos. A Polícia Civil informou que solicitaria a transferência dos detidos para um presídio federal.