O Senado dos Estados Unidos aprovou, em 13 de outubro, a nomeação de Robert F. Kennedy Jr. para o Departamento de Saúde dos EUA. Com um resultado de 52 votos a favor e 48 contra, o ex-advogado recebeu o apoio de todos os senadores republicanos, exceto Mitch McConnell, do Kentucky. A decisão gerou controvérsia, uma vez que Kennedy é conhecido por seu ativismo contra vacinas e suas opiniões sobre práticas médicas não convencionais.
A oposição à nomeação veio predominantemente do Partido Democrata, que expressou preocupações sobre o histórico do indicado e sua qualificação técnica para o cargo. Esse posicionamento representa uma mudança significativa, já que a família Kennedy é tradicionalmente associada ao Partido Democrata, devido ao legado do ex-presidente John F. Kennedy, assassinado em 1963. O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, criticou publicamente a escolha, afirmando que Kennedy está inadequadamente preparado para assumir a pasta.
Com a aprovação do Senado, Kennedy será responsável por supervisionar a infraestrutura de saúde federal do país, que inclui a gestão dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA). Além disso, ele terá a tarefa de aprovar medicamentos para o Medicare, que é o sistema federal de saúde voltado para pessoas com 65 anos ou mais.
Durante seu discurso de vitória em novembro do ano anterior, o ex-presidente Donald Trump indicou sua intenção de nomear RFK Jr. para o cargo, afirmando que isso ajudaria a “tornar a América saudável novamente”. Após a nomeação, Kennedy declarou que começaria a estudar a segurança e eficácia das vacinas, mas assegurou que não iria promover a retirada de vacinas. Ele também manifestou a intenção de recomendar a remoção do flúor da água pública e compartilhar as diretrizes do presidente Trump para o Departamento de Saúde.
Kennedy mencionou em uma entrevista que recebeu três orientações do presidente Trump. Ele enfatizou que o objetivo é eliminar a corrupção e os conflitos de interesse nas agências reguladoras, restaurar padrões de evidência científica nas operações dessas agências e combater a epidemia de doenças crônicas com resultados mensuráveis em dois anos.