O conflito ocorrido entre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o senador Plínio Valério (PSDB-AM) teve início quando Valério declarou que “a mulher Marina merecia respeito, a ministra não”.
O senador, que já havia manifestado em março deste ano a intenção de “enforcar” Marina, fez essa declaração durante um evento da Fecomércio no Amazonas. Ele se referiu à presença da ministra na sessão da CPI das ONGs, questionando o que significaria passar mais de seis horas com ela sem ter essa vontade.
Marina Silva, em resposta, lembrou que o senador já havia feito ameaças e perguntou como Valério reagiria se ela dissesse que não o respeitava. O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho, interveio, alegando que a declaração de Valério não era apropriada em um ambiente institucional, e sugeriu que, se não houvesse respeito, a ministra deveria se retirar.
Marina enfatizou que sua participação na audiência pública se deu em razão de sua função, não por ser mulher, e que, portanto, merecia ser respeitada. Ela condicionalizou sua permanência ao pedido de desculpas por parte do senador, que se recusou a fazê-lo, levando-a a deixar a reunião da Comissão de Infraestrutura. Após o incidente, a ministra recebeu apoio de vários parlamentares, ministros, da primeira-dama Rosângela da Silva e até uma ligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a elogiou por sua atitude.
