15 abril 2025
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Senegalês é assassinado por PM em tragédia chocante

Um ambulante de origem senegalesa foi fatalmente atingido por disparos da Polícia Militar de São Paulo (PMSP) na tarde de sexta-feira, 11, em uma intervenção contra o comércio informal no bairro do Brás. Durante a ocorrência, o imigrante estava auxiliando um colega quando os policiais tentaram confiscar a mercadoria. Ao ser cercado, ele foi atingido no abdome e posteriormente não sobreviveu à cirurgia no hospital.

O incidente ocorreu na Rua Rangel Pestana, onde os policiais abordaram o ambulante. Ele reagiu utilizando uma barra de ferro em defesa de outro vendedor e, em resposta, foi atingido por um disparo policial. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestou socorro e a vítima foi levada ao hospital, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos.

A ação da polícia gerou protestos entre os comerciantes da região, que relataram o uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha durante a operação. A Polícia Militar estava realizando uma ação em conjunto com a prefeitura, com o intuito de dispersar o comércio ambulante no local.

Em depoimento nas redes sociais, um parente da vítima, também senegalês, revelou que o homem estava almoçando quando notou a abordagem policial sobre outro vendedor. Ele tentou ajudar e utilizou uma barra de ferro na tentativa de defesa, sendo, então, atingido por um tiro.

A Secretaria de Segurança Pública do estado comunicou que um inquérito policial militar (IPM) foi iniciado pela Polícia Militar. O agente diretamente relacionado à morte do homem, de 34 anos, foi afastado de suas atividades operacionais.

O comunicado oficial da Secretaria detalha que “o homem, que agrediu um policial militar com uma barra de ferro, foi levado à Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu ao ferimento. A barra utilizada na agressão e a arma do policial foram apreendidas. A ocorrência foi registrada no 8º Distrito Policial, caracterizada como morte decorrente de intervenção policial e tentativa de homicídio. A investigação ficará a cargo do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)”.

Sobre a operação, a prefeitura de São Paulo afirmou que se tratava de uma atividade delegada, financiada pela administração municipal, cujo objetivo é aumentar a presença policial nas ruas da cidade. Os policiais envolvidos na operação não se reportam diretamente à prefeitura, mas sim ao Comando da Polícia Militar, sob a Secretaria de Segurança Pública.

A operação delegada consiste em um convênio entre a prefeitura e o governo estadual, permitindo que policiais militares atuem voluntariamente durante seu período de folga, com foco na fiscalização do comércio ambulante irregular na cidade.

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