O senador salientou a relevância de assegurar um julgamento justo e criticou a politização do sistema judicial, a qual, segundo ele, compromete a integridade das decisões judiciais.
Ele expressou preocupação com a diferença nas sentenças no Brasil, citando um caso específico de uma cabeleireira que pode enfrentar uma pena de 14 anos de prisão por vandalismo, após ter escrito “perdeu mané” em uma estátua em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), usando batom. O senador sugeriu que a própria corte deveria reconsiderar essa punição, defendendo uma redução significativa da pena. Ele comparou essa situação severa à de políticos envolvidos em corrupção, que frequentemente obtêm liberdade em seus casos. Essa comparação fundamentou sua crítica à anulação de provas da Operação Lava Jato, um movimento que, de acordo com ele, prejudicou a reputação do Brasil no cenário internacional. O senador defendeu que o STF reconsiderasse as penas aplicadas aos manifestantes do dia 8 de Janeiro, sugerindo alternativas menos severas, como trabalhos comunitários, ao invés de longas penas de prisão.
Ao longo de suas declarações, o senador abordou a conjuntura política e judicial do país, evidenciando a deterioração da imagem do Brasil em rankings de transparência internacional. Ele argumentou que o país não deve ser visto como aquele que impõe penas rigorosas para crimes de menor importância, enquanto políticos corruptos escapam da punição. Para ele, o STF deve revisar suas decisões para evitar desgastes em sua imagem e garantir a promoção da justiça de forma equilibrada. O senador propôs que o tribunal poderia utilizar dispositivos legais que permitissem a redução de penas, especialmente para aqueles envolvidos em crimes de menor gravidade.
Além disso, o senador comentou sobre o julgamento de manifestantes e a politização de casos judiciais, como o do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele afirmou que a ação mais sensata do Supremo seria reencaminhar o caso para a primeira instância. O senador enfatizou a importância de assegurar julgamentos justos e criticou a politização do sistema judicial, que, segundo ele, compromete a integridade das decisões. Ele também destacou a necessidade de reintegrar a agenda anticorrupção no Brasil, a qual, em sua opinião, foi negligenciada nos anos recentes.
Por fim, o senador fez um apelo para que o sistema judiciário brasileiro se adeque a práticas que promovam a justiça de maneira justa e equilibrada. Ele acredita que, ao fazê-lo, o Brasil poderá melhorar sua reputação internacional e garantir que todos os cidadãos, independentemente de sua posição social ou política, sejam tratados de forma equitativa perante a lei. O senador finalizou suas observações enfatizando a importância de um sistema judicial que não apenas impõe punições, mas também reabilita e promove a justiça social.