A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu, em 8 de outubro, as investigações referentes ao desaparecimento de Joselito Costa Malta, servidor do Ministério da Saúde, que estava desaparecido desde 11 de março. Naquele dia, seu carro foi encontrado queimado. As apurações levaram à localização do corpo da vítima e à prisão do suspeito do crime.
Conforme informou a Polícia Civil, Elson Teodoro dos Santos, conhecido como Chacal, foi identificado como o autor do assassinato. Ele prestava serviços de eletricista e pedreiro para Joselito, com quem tinha uma relação que se estendia por pelo menos 12 anos. O suspeito foi detido na última sexta-feira (4).
O desaparecimento de Joselito foi reportado pela sobrinha, a pedido da filha dele, que reside em outro estado e mantinha contato regular com o pai. A comunicação cessou em 11 de março, quando a filha percebeu que o pai estava online em um aplicativo de mensagens, o que gerou preocupação. Colegas de trabalho de Joselito também notaram a ausência dele, que, apesar de trabalhar remotamente, não acessou o sistema desde a data do ocorrido.
As investigações revelaram que Elson demonstrava interesse em adquirir o carro de Joselito havia cinco anos. No dia do desaparecimento, o suspeito dirigiu-se à residência da vítima em Planaltina para realizar um serviço de eletricista, já com o objetivo de roubar o veículo. Ao chegar ao local, Chacal descobriu que o carro havia sido vendido, o que o motivou a matar Joselito com golpes de marreta na cabeça. O corpo foi posteriormente descartado em uma área de vegetação, e Elson retornou para casa.
A investigação constatou que o suspeito tentou esconder as evidências do crime ao limpar a casa da vítima. Em seguida, ele preparou uma refeição, consumiu bebidas alcoólicas e levou outro carro pertencente a Joselito, um Ford Ka. A Polícia Civil também identificou que Elson contou com a assistência do filho de 17 anos, e ambos mantiveram o veículo até o dia 17 do mesmo mês. Testemunhas relataram avistamentos do pai e do filho utilizando o Ford Ka.
O delegado encarregado do caso, Veluziano de Castro, detalhou que Joselito havia oferecido seu carro amarelo ao suspeito, que não tinha dinheiro e tentou negociar serviços em troca do veículo, mas a proposta foi recusada pela vítima. Além disso, Joselito, ao procurar pelo eletricista em contato com sua ex-esposa, foi informado que Chacal havia começado a usar drogas de forma constante. O delegado acrescentou que o próprio autor do crime relatou que sua vida começou a deteriorar após a separação, levando-o a cometer furtos para sustentar seu vício.
A Polícia Civil solicitou a prisão de Elson, e a Justiça aceitou o pedido na última quinta-feira (3). O suspeito foi localizado ao lado do filho na sexta-feira (4). Na delegacia, ele confessou o crime e indicou o local em que ocultou o corpo de Joselito. As investigações continuam em andamento para esclarecer os pormenores do caso e determinar o envolvimento de outros indivíduos.
