14 junho 2025
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Setor de Serviços Desacelera e Impacta PIB em Abril

O setor de serviços no Brasil, que representa a maior parte do PIB nacional, registrou um crescimento de 0,2% em abril. Este número indica uma desaceleração em relação ao aumento de 0,4% observado em março. Apesar desta diminuição na taxa de crescimento, abril marca o terceiro mês consecutivo de alta, conforme divulgado pelo IBGE.

Ao considerar a comparação anual, o setor apresentou uma expansão de 1,8%, confirmando o crescimento contínuo por treze meses. Esse desempenho evidencia a resistência do setor, mesmo em um ambiente de políticas monetárias restritivas, que geralmente impactam as atividades. Especialistas acreditam que, apesar dos desafios, a expectativa é que o setor encerre o ano com um crescimento próximo a 3%, impulsionado por medidas do governo.

A manutenção dessa resiliência é atribuída ao emprego formal e ao aumento da renda. No entanto, a persistência da inflação, taxas de juros elevadas e o endurecimento das condições financeiras podem limitar o crescimento no segundo semestre do ano.

O aumento no volume de serviços em abril foi impulsionado principalmente pelo setor de transportes, que cresceu 0,5%. Com isso, o setor de serviços ficou 0,2% abaixo do nível máximo histórico, registrado em outubro de 2024. Embora tenha ocorrido crescimento no mês, apenas as atividades de transporte tiveram desempenho positivo, enquanto outros serviços, como serviços administrativos e de apoio, comunicação e serviços familiares apresentaram quedas.

A trajetória do setor tem sido influenciada pela recuperação no segmento de transportes e pelo dinamismo em serviços de tecnologia da informação e áreas técnicas. No acumulado do primeiro quadrimestre deste ano, o volume de serviços cresceu 2,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior, com uma desaceleração no crescimento ao longo dos últimos 12 meses.

O transporte de passageiros, por sua vez, apresentou um crescimento contínuo de 1,8% em abril, resultando em um ganho acumulado de 6,8% no período. Atualmente, esse segmento está 4,6% acima do nível pré-pandemia, mas 19,7% abaixo dos números alcançados em fevereiro de 2014. Por outro lado, o transporte de cargas caiu 0,3%, permanecendo 7,1% abaixo do máximo histórico.

Em termos regionais, 18 das 27 unidades da federação observaram crescimento no volume de serviços em abril, acompanhando a leve alta nacional. Os principais contribuintes foram estados como São Paulo, Pernambuco e Mato Grosso, enquanto Rio de Janeiro e Bahia apresentaram as maiores quedas.

As atividades turísticas, em abril, registraram um aumento de 3,2% em relação ao mês anterior, após um leve recuo em março. Essa recuperação coloca o setor 13,2% acima do nível de fevereiro de 2020. Entre as regiões, 11 das 17 pesquisadas acompanhara esse crescimento, sendo São Paulo o mais relevante nessa recuperação.

O crescimento observado nas atividades turísticas é atribuído principalmente ao aumento nos transportes aéreo e rodoviário de passageiros. Em comparação com abril do ano anterior, a taxa de crescimento das atividades turísticas foi de 9,3%, resultando em uma sequência de 11 meses consecutivos de alta. As principais contribuições positivas vieram de São Paulo e Rio de Janeiro, enquanto Minas Gerais e Mato Grosso apresentaram os maiores impactos negativos.

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