1 junho 2025
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Seu gato te identifica pelo olfato? Descubra o que a ciência revela!

Os gatos frequentemente são percebidos como apáticos e distantes, porém, estudos recentes indicam que esses animais têm uma capacidade notável de reconhecer seus tutores através do olfato, mesmo sem a presença visual. Pesquisadores da Universidade de Agricultura de Tóquio, no Japão, publicaram um estudo na revista PLOS ONE que revela essa faceta do comportamento felino, destacando a importância do olfato na comunicação e no vínculo entre gatos e humanos.

Para conduzir a pesquisa, foram observados 30 gatos de diferentes ambientes, como residências, abrigos e cafés felinos. Os felinos foram expostos a tubos com amostras de odores de partes específicas do corpo de seus tutores, como axilas, orelhas e pés, além de tubos que continham cheiros de desconhecidos e tubos vazios, utilizados como controle.

Os resultados indicaram que os gatos tendiam a passar mais tempo investigando os odores desconhecidos em comparação ao cheiro familiar de seus tutores. Essa observação sugere que os gatos reconhecem rapidamente os odores que lhes são familiares, dispensando uma investigação prolongada. Quando diante de novos aromas, os animais mostraram maior curiosidade, utilizando seu olfato para coletar mais informações.

Esse comportamento reflete padrões sociais já documentados em felinos, como filhotes que levam mais tempo para cheirar o odor de fêmeas desconhecidas do que o da própria mãe. Gatos adultos também tendem a farejar mais fezes de indivíduos fora de seu grupo social. Essa curiosidade em relação a novos cheiros parece ser um aspecto fundamental da forma como os gatos organizam suas interações sociais e identificam aliados ou ameaças.

O olfato desempenha um papel central na vida dos gatos, sendo utilizado para reconhecer membros do grupo, manter coesão social e detectar estranhos. Atos como esfregar-se ou se lamber são formas de troca de sinais químicos, fortalecendo laços. Essa dinâmica também se aplica aos humanos que fazem parte do cotidiano do animal; ao reconhecer o cheiro de seu tutor, o gato inclui essa pessoa em seu círculo de segurança.

Adicionalmente, o estudo revelou uma curiosidade sobre a forma como os gatos processam odores: eles tendem a usar a narina direita para cheiros desconhecidos e a esquerda para os familiares. Quando um novo cheiro é reconhecido após um período de investigação, há uma inversão na narina utilizada. Esse padrão, já observado em cães, pode sugerir que os gatos processam novas informações predominantemente pelo lado direito do cérebro, reservando o lado esquerdo para reações mais automáticas.

Esse conhecimento pode influenciar a relação entre gatos e seus tutores. Se um gato demonstra estranhamento ao ver seu tutor após uma viagem, isso pode ser atribuído a mudanças no cheiro. Produtos de higiene variados ou ambientes novos podem torná-los menos reconhecíveis para o animal. Retornar à rotina com produtos familiares pode auxiliar na reconexão.

Caso um gato pareça mais interessado nas visitas do que em seu tutor, isso não deve ser motivo de preocupação. O cheiro familiar provavelmente não requer uma investigação detalhada, e essa disposição pode, de fato, ser uma demonstração de afeto. Para um gato, o cheiro do tutor representa um sinal de lar e segurança.

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