O primeiro-ministro de Singapura, Lawrence Wong, justificou a decisão de dissolver o parlamento devido ao impacto das tarifas na economia, que é fortemente dependente do comércio internacional. A dissolução, anunciada na última terça-feira (15), inicia um novo ciclo político com eleições nacionais agendadas para o dia 3 de maio. Essa decisão marca um momento crucial para Wong, que assumiu como primeiro-ministro no ano anterior. As eleições são vistas como um importante teste para o Partido de Ação Popular, no poder desde 1959.
Lawrence Wong, de 52 anos, assumiu a liderança após suceder o filho do fundador de Singapura, Lee Kuan Yew, o que indica o começo de uma nova era política. O anúncio ocorre em um período desafiador, logo após a revisão para baixo da previsão de crescimento econômico do país para 2025, fator que poderá influenciar o ânimo do eleitorado. A população estará atenta às promessas e estratégias dos candidatos para enfrentar os desafios econômicos enfrentados. Ao todo, 97 assentos parlamentares estarão disponíveis, aumentando a competição em relação à legislatura anterior.
O sistema eleitoral de Singapura, que utiliza um modelo de votação em grupo para determinar a maioria das cadeiras, tem sido alvo de críticas por parte de partidos opositores. Os críticos afirmam que esse sistema favorece o Partido de Ação Popular, dificultando que outros partidos alcancem um maior desempenho. Na eleição anterior, em 2020, o Partido dos Trabalhadores, principal partido de oposição, conquistou 10 das 93 cadeiras. Este desempenho é um dos melhores da oposição em muitas décadas e gera a expectativa de que o cenário político do país possa passar por mudanças significativas nas próximas eleições.