9 março 2025
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SLC Agrícola Expande Cultivo de Soja e Milho com Investimento de US$ 135 Milhões

A SLC Agrícola confirmou, na sexta-feira, 7 de março, a compra da Sierentz Agro Brasil, que se dedica à produção de soja e milho, além da criação de gado, por um montante de US$ 135 milhões. Deste valor total, 60% (equivalente a US$ 81 milhões) será pago no fechamento da aquisição, enquanto 20% (US$ 27 milhões) serão quitados em 30 de abril de 2026 e os restantes 20% em 30 de abril de 2027. A operação está prevista para iniciar em 1º de julho.

A aquisição abrange áreas inteiramente arrendadas situadas nos estados do Maranhão, Piauí e Pará, somando um total de 96 mil hectares. De acordo com a SLC, uma parte dessas áreas é adequada para a segunda safra, resultando em um potencial de aproximadamente 135 mil hectares plantados.

Com esta compra, está projetado um incremento de 13% na área plantada para a safra 2024/2025, o que reforça a estratégia de diversificação geográfica do portfólio de terras geridas pela empresa, com o intuito de mitigar riscos climáticos.

Atualmente, a SLC possui operações em sete estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Bahia, Goiás e Minas Gerais, com a adição do Pará ao seu portfólio. Dessa forma, a companhia opera indiretamente em cerca de 100 mil hectares de área cultivada, mantendo o cultivo de soja e milho, e planejando introduzir o plantio de algodão a partir do terceiro ano de produção.

A incorporação da Sierentz resulta em um aumento do percentual de áreas arrendadas, que passa a representar 66,5% da área física gerida pela SLC. Os contratos de arrendamento têm um custo médio anual de 9,3 sacas de soja por hectare, com um prazo médio de 13 anos.

O anúncio da compra coincide com a divulgação, um dia antes, de medidas pelo governo federal para conter o aumento dos preços de alimentos no Brasil. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento Econômico, Geraldo Alckmin, comunicou a isenção das tarifas de importação para produtos como carnes, café, açúcar, azeite, biscoitos, massas e milho. Alckmin destacou que a eliminação da taxa sobre o milho importado, que era de 7,2%, poderá impactar os custos de ovos e proteínas de origem animal, embora o efeito fiscal seja considerado pequeno.

Em fevereiro, o governo federal liberou R$ 4,17 bilhões para o Plano Safra 2024-2025, que vinha suspenso devido à falta de aprovação do Orçamento pelo Congresso. Este pacote oferece taxas de juros mais acessíveis aos produtores rurais.

A SLC indicou que, caso a aquisição receba a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), será concretizada a proposta da Terrus para a aquisição dos direitos de operação em 33 mil hectares das áreas compradas da Sierentz, com um valor associado de R$ 191,2 milhões.

No terceiro trimestre de 2024, a SLC reportou uma receita líquida de R$ 1,63 bilhão, apresentando uma ligeira queda de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionada pela redução na produtividade das culturas agrícolas. A empresa também registrou um prejuízo de R$ 17,28 milhões, enquanto no terceiro trimestre de 2023 havia obtido um lucro de R$ 167,2 milhões. A dívida líquida aumentou 46,3% no trimestre, atingindo R$ 4,2 bilhões. Os resultados do quarto trimestre de 2024 e o fechamento do ano serão divulgados em 12 de março.

Durante o atual Plano Safra, a Sierentz cultivou 90 mil hectares de soja e aproximadamente 40 mil hectares de milho, sorgo e feijão safrinha, gerando uma produção total de 600 mil toneladas de grãos.

Nos últimos 12 meses, as ações da SLC na B3 apresentaram uma queda de 2,51%. No pregão de quinta-feira, 6 de março, o papel fechou a R$ 18,67, marcando uma alta de 0,17%. A empresa possui uma avaliação de mercado de R$ 8,2 bilhões.

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