Um terremoto de alta magnitude afetou Mianmar e Tailândia, resultando em significativa destruição e numerosas fatalidades. Até o momento, o número de mortos é superior a 1.700, mas o Serviço Geológico dos Estados Unidos estima que esse número pode ultrapassar 10 mil. Mandalay, uma das cidades mais atingidas em Mianmar, registrou mais de 1.500 casas danificadas. Além disso, milhões de pessoas estão enfrentando longos períodos sem eletricidade, complicando os esforços de busca e resgate.
A região é suscetível a terremotos, uma vez que está localizada no ponto de encontro de várias placas tectônicas. A proximidade do epicentro com áreas urbanas e a superfície terrestre intensificaram os efeitos do tremor. Em meio a essa situação, uma advogada brasileira residente na Tailândia descreveu sua experiência durante o evento sísmico, comparando a sensação de estar em um barco e a necessidade de descer rapidamente escadas enquanto o edifício ainda tremia.
Diante da destruição em Bangkok, onde um prédio em construção desabou, a situação em Mianmar se mostra crítica. A chegada da ajuda humanitária é dificultada pelo conflito civil e o isolamento imposto ao país. Apesar dos estragos, a resiliência da população tailandesa é notável, com esforços para retomar a normalidade.
No âmbito internacional, países como Índia, Rússia e China estão enviando assistência e equipes de resgate. No entanto, a ajuda ainda não alcançou todas as áreas impactadas. Há uma crescente preocupação com as pessoas que estão soterradas e um desejo de que mais sobreviventes sejam resgatados. As autoridades da Tailândia declararam alguns prédios como inseguros para retorno, enquanto a vida em outras áreas começa a se restabelecer gradualmente. A possibilidade de novos tremores ainda gera apreensão entre os habitantes, que foram orientados a evitar a permanência em edificações antigas durante eventos futuros.