Horas após a conclusão dos interrogatórios dos réus principais na ação penal referente à tentativa de golpe, a defesa do ex-ministro Walter Braga Netto solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, a revogação de sua prisão preventiva. O magistrado, antes de encerrar as atividades do dia, também revogou a proibição que impedia os réus de manterem contato entre si.
Walter Braga Netto encontra-se preso desde 14 de dezembro, com a acusação de ter tentado acessar a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, com a intenção de interferir nas investigações. Na petição enviada, os advogados de Braga Netto alegam a existência de elementos concretos que demonstram a ausência de tentativa de acesso, enfatizando que nos depoimentos, Cid afirmou não ter sido pressionado para revelar o conteúdo da delação.
A defesa argumenta que a custódia cautelar do general se torna ainda mais inadequada neste momento processual, considerando que todas as testemunhas já foram ouvidas e os interrogatórios concluídos. Segundo a defesa, não há riscos que possam justificar a continuidade da prisão, principalmente porque, à data atual, a fase de instrução da ação penal foi encerrada, tornando necessária a revogação da custódia cautelar de Braga Netto.