O Partido Solidariedade, que anteriormente apoiou a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está se distanciando gradualmente devido a críticas à gestão atual. O presidente da sigla, deputado Paulinho da Força, declarou que o partido não apoiará o projeto de lei de anistia aos condenados pelos eventos de 8 de janeiro. Essa proposta, que é de interesse do Partido Liberal (PL), liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, está entre os principais temas de discussão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.
Recentemente, o PL adotou uma postura de “obstrução parcial” em resposta à aceitação da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República, que resultou na transformação de Bolsonaro e outros sete indivíduos em réus por tentativa de golpe de Estado. Paulinho da Força reafirmou a posição do Solidariedade, informando que a sigla não se aliará ao projeto: “Não vamos apoiar. Solidariedade não vai apoiar esse projeto.”
Enquanto isso, a oposição tenta assegurar o apoio do Solidariedade, embora a crescente insatisfação com a administração petista esteja afetando suas alianças. Desde o início do ano legislativo, em fevereiro, o presidente da Câmara tem enfrentado pressão para pautar essa proposta. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, mencionou que já existem compromissos de apoio por parte de oito líderes de diferentes partidos, incluindo PL, União Brasil, Progressistas, Republicanos, PSD, Podemos, Novo e PSDB. Se a adesão for confirmada, haverá uma solicitação para que o projeto seja votado com urgência na Câmara dos Deputados na quinta-feira seguinte.
