O estrategista político foi acusado de enganar doadores de uma organização privada que afirmava financiar a construção de um muro ao longo da fronteira sul dos Estados Unidos com o México.
Steve Bannon, um estrategista político americano alinhado à direita e ex-assessor próximo de Donald Trump, declarou-se culpado de desvio de recursos destinados à construção do muro na fronteira com o México, resultando em uma sentença de três anos em liberdade condicional. Durante a audiência no tribunal, ele reconheceu a culpa pelas acusações de fraude, enquanto a Promotoria do tribunal de Manhattan retirou outras acusações relacionadas. A investigação teve início em setembro de 2022, quando Bannon foi acusado em um caso envolvendo 15 milhões de dólares, além de lavagem de dinheiro e desvio de fundos.
Bannon, que alegava inocência e se considerava vítima de “falsas acusações”, esteve ligado ao site “We Build the Wall”, criado em 2019. Este site, segundo as autoridades, foi desenvolvido para arrecadar dinheiro de pessoas para financiar a construção de uma barreira contra a imigração ilegal na fronteira sul dos Estados Unidos, uma promessa antiga de Donald Trump.
Com 71 anos, Bannon enfrentou uma acusação no âmbito federal, mas obteve um indulto de Donald Trump pouco antes de este deixar a Casa Branca em 2021. O ex-assessor foi um dos propagadores de alegações infundadas de fraude na eleição presidencial de 2020, a fim de sustentar que Joe Biden, o candidato democrata, havia vencido de maneira ilícita, teorias que ainda permanecem com força entre segmentos conservadores nos Estados Unidos.
Em outubro de 2022, Bannon foi condenado a quatro meses de prisão por recusar-se a cooperar com a investigação legislativa sobre o ataque ao Capitólio realizado em 6 de janeiro de 2021 por apoiadores de Trump. Após cumprir a pena, ele foi liberado no final de outubro de 2024, enquanto a campanha para as últimas eleições presidenciais estava em andamento.