O Supremo Tribunal Federal (STF) instituiu uma restrição para a entrada de celulares na Primeira Turma da Corte. Essa decisão foi tomada em função do julgamento do “núcleo 2” da investigação sobre a trama golpista, conforme relataram a Procuradoria-Geral da República (PGR). Para acessar o local, todas as pessoas autorizadas devem apresentar seus celulares, que serão colocados em sacos plásticos e lacrados pela equipe do STF.
Essa medida responde a incidentes ocorridos durante o julgamento do “núcleo 1”, no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve envolvido. Durante esse julgamento, várias pessoas registrarão fotografias e vídeos de Bolsonaro, apesar da proibição vigente. Além disso, houve uma situação em que o advogado Sebastião Coelho foi impedido de entrar para acompanhar esse julgamento, devido ao não credenciamento prévio.
Coelho registrou em vídeo sua discussão com os agentes de segurança do STF, que o levaram a ser detido momentaneamente antes de ser liberado após o registro do incidente pela Polícia Judiciária. Na entrada, ao ser solicitado a entregar seu celular, Coelho respondeu brincando que não estava com o dispositivo.
A iniciativa do STF tem como objetivo controlar a produção de imagens dentro da Primeira Turma. Um dos denunciados no “núcleo 2”, o ex-assessor Filipe Garcia Martins, recebeu uma advertência específica do ministro Alexandre de Moraes, proibindo-o de usar o celular durante o acompanhamento da denúncia no plenário, com a condição de que, caso contrário, suas medidas cautelares poderiam ser convertidas em pena de prisão.