A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, na última sexta-feira (14), manter a detenção do general Walter Braga Netto, que ocupou cargos de ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro. Os ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Carmén Lúcia e Luiz Fux, que fazem parte do colegiado, analisaram o pedido da defesa de Braga Netto para a revogação da prisão. O julgamento ocorreu em plenário virtual e resultou em cinco votos a favor da manutenção da detenção do militar.
Walter Braga Netto foi preso preventivamente em dezembro de 2024 pela Polícia Federal, sob suspeita de ter atuado na articulação de um plano de golpe de Estado após a eleição presidencial de 2022. De acordo com informações da PF, o general teria tentado interferir na investigação sobre o plano e buscado acesso ao conteúdo da colaboração premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Em dezembro, o ministro Alexandre de Moraes já havia decidido por manter a prisão preventiva do militar, alinhando-se à posição da Procuradoria-Geral da República, que se opôs à soltura e rejeitou o pedido da defesa.