Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram uma maioria favorável à condenação da deputada federal Carla Zambelli, do Partido Liberal de São Paulo, pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com uso de arma de fogo. O relator do caso, Gilmar Mendes, sugeriu que a sanção imposta à parlamentar seja de 5 anos e 3 meses de prisão. Mendes contou com o apoio dos ministros Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Flávio Dino antes que Nunes Marques solicitasse vista do processo.
Embora o pedido de vista normalmente suspenda o julgamento, os ministros Cristiano Zanin e Dias Toffoli anteciparam seu voto, o que garantiu a formação da maioria. Contudo, o desfecho do caso depende do voto de todos os ministros, uma vez que existe a possibilidade de que algum magistrado solicite destaque e leve o caso ao plenário físico. Nesse cenário, todos os votos seriam reiniciados e o placar também recomeçaria.
Em agosto de 2023, o STF decidiu tornar Zambelli ré, devido a um incidente em que ela perseguiu um homem, armada, por considerá-lo apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O evento ocorreu na véspera do segundo turno das eleições de 2022, nas ruas do bairro dos Jardins, em São Paulo. Após a repercussão do ocorrido, vídeos começaram a circular nas redes sociais. Em resposta, Zambelli publicou um vídeo onde afirmava ter sido intimidada por um grupo de homens, alegando que havia sido empurrada por um deles. Segundo sua versão, a arma foi utilizada para controlar a situação até que a polícia chegasse.