O governo sueco anunciou um plano para aumentar os investimentos em defesa pública em 300 bilhões de coroas suecas, equivalente a aproximadamente US$ 30 bilhões, ao longo da próxima década. O financiamento deste investimento será realizado por meio de empréstimos, caracterizando-se como o “rearmamento mais importante desde a Guerra Fria”, conforme afirmado pelo primeiro-ministro Ulf Kristersson durante uma coletiva de imprensa em Estocolmo. Ele destacou que a situação de segurança atual é completamente nova e que a incerteza continuará alta por um período prolongado. A previsão é que os gastos com defesa atinjam 3,5% do PIB até 2030, crescendo a partir dos atuais 2,4%. A Suécia já havia estabelecido metas para aumentar seus gastos com defesa, que devem chegar a 2,6% do PIB até 2026, superando a meta de 2% adotada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Em março de 2024, a Suécia ingressou na Aliança Atlântica, encerrando assim um período de dois séculos de neutralidade militar, que foi impulsionado pela invasão da Ucrânia pela Rússia dois anos antes. As elevações anteriores no orçamento de defesa foram suportadas pelo orçamento ordinário do país. No entanto, Kristersson expressou a necessidade de recorrer a empréstimos para garantir um rearmamento significativo em um curto espaço de tempo, enfatizando que este é um “período de transição”.