sábado, fevereiro 8, 2025
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Super Bowl à Vista: Nova Orleans Luta Contra a Crise dos Sem-Teto

A poucos dias do Super Bowl e com o Mardi Gras se aproximando, a Louisiana estabeleceu um abrigo temporário para aproximadamente 170 pessoas em situação de rua que estavam nas áreas mais movimentadas de Nova Orleans. A iniciativa foi implementada sob a orientação do governador do estado, que em janeiro ordenou a remoção de acampamentos na famosa região do French Quarter e nas proximidades do Superdome, onde ocorrerá a final da NFL.

Os desabrigados tiveram a opção de se dirigir a um “centro de transição”, situado em uma edificação industrial no bairro Pontchartrain Park. De acordo com o governo estadual, o centro oferece moradia temporária, alimentação, serviços médicos e de saúde mental, tratamento para dependência química e até serviços de corte de cabelo. No entanto, a iniciativa gerou controvérsias. O centro, que está fechado ao público e à imprensa, funcionará por cerca de dois meses, com um custo previsto entre 16 e 18 milhões de dólares. Um representante da segurança interna e preparação para emergências do estado destacou que o governador enfatizou que, ao realizar essa ação, a execução deveria ser feita de maneira correta. Apesar de problemas iniciais de aquecimento e encanamento, esses foram corrigidos.

A abertura do abrigo coincidiu com uma severa onda de frio, que trouxe até 20 centímetros de neve para a cidade. O representante do governo afirmou que o centro foi instrumental na salvaguarda de vidas e contestou a ideia de que a ação teve o objetivo de ocultar os moradores de rua antes da chegada de turistas. Ele expressou que a equipe considera essa uma das iniciativas mais benéficas dentro da preparação para o Super Bowl, uma vez que possibilitou que essas pessoas fossem retiradas de situações de risco e que suas necessidades imediatas fossem atendidas.

Entretanto, organizações locais relataram que as remoções ocorreram sob ameaça de prisão e que alguns desabrigados perderam bens pessoais durante o processo. Um diretor de uma organização de apoio disse que a situação é lamentável quando o uso da força é necessário. Segundo ele, a ação poderia ter sido vista de maneira positiva se tivesse sido conduzida corretamente. Informações coletadas indicam que, embora os serviços prometidos, como gestão de casos, banhos e refeições, estejam sendo oferecidos, a qualidade do atendimento não parece estar à altura do esperado. As condições do centro são percebidas como improvisadas e feitas às pressas, refletindo a urgência em lidar com a situação sem uma solução de longo prazo.

O governo espera que o centro permaneça em funcionamento até meados de março, embora a permanência dos abrigados possa ser reduzida caso consigam encontrar moradia estável antes do término previsto. O diretor de comunicação do governo garantiu que estão sendo buscadas as melhores soluções de longo prazo para a situação.

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