O presídio Baldomero Cavalcante de Oliveira, localizado em Maceió, enfrenta uma situação de superlotação, onde está detido o ex-presidente Fernando Collor desde a última sexta-feira (25). Um relatório da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas, datado da última terça-feira (22), revela que a unidade tem capacidade para abrigar 892 presos, mas atualmente conta com 1.321 detentos. Dentre esses, 1.213 são condenados e 108 aguardam julgamento, resultando em um excesso de 429 presos.
Fernando Collor se encontra em uma ala especial dentro do presídio, devido ao seu status como ex-presidente da República. Informações obtidas indicam que ele ocupa uma área do complexo penitenciário que possui cerca de 20 celas especiais, equipadas com suítes. Na noite de quinta-feira (24), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a execução da prisão do ex-presidente, após rejeitar o segundo recurso apresentado por sua defesa. Collor foi condenado a cumprir oito anos e dez meses de pena em regime inicialmente fechado, por estar envolvido em um esquema de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na antiga BR Distribuidora, atualmente chamada Vibra.
No sábado (6), a defesa de Collor solicitou novamente ao Supremo Tribunal Federal a concessão de prisão domiciliar. Os advogados argumentam que ele enfrenta problemas de saúde, incluindo Parkinson, apneia do sono grave e transtorno bipolar. Entretanto, na sexta-feira, durante uma audiência de custódia, Collor contradisse seus advogados ao afirmar que não possui doenças ou faz uso contínuo de medicamentos. Em resposta a essa inconsistência, a defesa apresentou um atestado médico ao processo, reafirmando as condições de saúde do ex-presidente e reiterando o pedido de prisão domiciliar.