O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou nesta quinta-feira (17) sua satisfação com a decisão da Suprema Corte de analisar seu plano para revisar a concessão de cidadania por direito de nascença. A Corte programou a audiência dos argumentos para o dia 15 de maio. Historicamente, tanto presidentes quanto tribunais dos EUA interpretaram a 14ª Emenda da Constituição como uma garantia de cidadania a todos os indivíduos “nascidos ou naturalizados nos Estados Unidos” ao longo de mais de um século. No entanto, Trump tem promovido a alteração dessa interpretação e assinou uma ordem executiva que visava dificultar a emissão de documentos que reconhecessem a cidadania para crianças nascidas em território americano de pais estrangeiros. Essa ordem, por sua vez, enfrentou desafios jurídicos e liminares.
Em declarações feitas nesta quinta-feira sobre a decisão da Suprema Corte, Trump insinuou que a cidadania por direito de nascença está relacionada à questão da escravidão, conectando o conceito ao contexto histórico da Guerra Civil. A 14ª Emenda foi ratificada em 1868. Ele comentou que, ao considerar essa perspectiva, o caso poderia ser facilmente vencido e expressou a expectativa de que os advogados abordassem as relações entre cidadania por direito de nascença e escravidão, enfatizando que o objetivo original da emenda era positivo. “Eles usam isso agora, não para a escravidão, mas para pessoas que entram no nosso país e, de repente, se tornam cidadãos”, afirmou.