Os Estados Unidos interromperam a deportação de venezuelanos detidos em um centro de imigração no Texas, conforme decisão da Suprema Corte Americana. A suspensão foi determinada em resposta aos recursos emergenciais apresentados por uma organização de defesa dos direitos civis, que alega que o governo está tentando expulsar imigrantes para El Salvador. O bloqueio na expulsão se refere ao uso da Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798, que historicamente tem sido aplicada em períodos de guerra.
A decisão da Suprema Corte, que teve duas vozes contrárias, foi motivada por um recurso apresentado pela União Americana de Liberdades Civis. A organização argumentou que as autoridades de imigração estão buscando reiniciar deportações com base na mesma lei invocada em março para deportar venezuelanos supostamente associados à gangue criminosa Tren de Aragua. Na semana anterior, o tribunal havia permitido a continuidade das deportações para uma megaprisão em El Salvador, desde que os indivíduos em risco de deportação fossem informados sobre a transferência e tivessem um prazo razoável para contestar a decisão.
Os EUA firmaram um acordo com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, para o envio de imigrantes detidos no país para o Centro de Confinamento de Terrorismo (Cecot), uma prisão de segurança máxima que enfrenta denúncias de violação dos direitos humanos. Mais de 200 imigrantes, predominantemente venezuelanos, foram encaminhados para essa prisão, sob a acusação de pertencerem ao Tren de Aragua, que é uma gangue criminosa transnacional originada em uma prisão na Venezuela.
