A Casa Branca confirmou que as tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio começarão a vigorar a partir da meia-noite desta quarta-feira (12) para o Canadá e outros países, apesar da recente reversão do presidente dos EUA em relação à imposição de tarifas de 50% sobre os metais canadenses. O Brasil está entre os países que serão afetados por essa decisão. Segundo o porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, a medida se aplica a todos os parceiros comerciais, não havendo exceções ou isenções.
Essa nova política pode trazer consequências adversas para a indústria siderúrgica brasileira, que já enfrenta vários desafios. Os Estados Unidos representam o principal mercado para o aço semifaturado brasileiro, com exportações que totalizaram US$ 2,8 bilhões em aço semifaturado e US$ 900 milhões em alumínio em 2023.
Anualmente, os Estados Unidos produzem cerca de 90 milhões de toneladas de aço, enquanto seu consumo interno oscila entre 90 e 200 milhões de toneladas. Essa diferença sugere que o país pode ter dificuldades para atender à sua demanda apenas com a produção nacional. Em relação ao alumínio, a produção americana gira em torno de 3,5 milhões de toneladas por ano, o que indica uma evidente dependência de importações para satisfazer suas necessidades.
