A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) apresentou suas projeções para o aumento das tarifas de energia elétrica no Brasil em 2025. Segundo o relatório, a expectativa é de um reajuste médio de 3,5%, valor que está abaixo da previsão de inflação de 5,6% calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Este aumento também é inferior à projeção de 5,1% do Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM).
Entretanto, é importante notar que essa média pode variar conforme diferentes regiões do país. Especialistas indicam que os subsídios implementados pelo Congresso Nacional impactam significativamente os custos que os consumidores arcam. Apesar dos esforços da ANEEL em manter os custos das distribuidoras abaixo da inflação nos últimos anos, a crescente quantidade de subsídios tem transformado a agência em um canal de más notícias para o setor.
Ainda assim, a expectativa é de que o aumento geral das tarifas permaneça abaixo da inflação. A boa situação dos reservatórios de água no Brasil é um fator que elimina a necessidade de bandeiras tarifárias adicionais, que poderiam encarecer ainda mais as contas dos consumidores. A composição da tarifa de energia elétrica é multifacetada, englobando geração, transmissão, distribuição e encargos.
A distribuição de custos e riscos no setor é considerada desequilibrada, com líderes da área sugerindo que uma alocação mais equitativa poderia aliviar a pressão sobre as tarifas sem prejudicar a rentabilidade das empresas. A regulamentação da geração de energia eólica offshore no Brasil tem sido apontada como um exemplo de como alterações legislativas podem afetar diretamente os valores que os consumidores pagam, incluindo a imposição de contratações compulsórias de térmicas e os incentivos a fontes alternativas de energia.