As tarifas impostas pelos Estados Unidos à China são consideravelmente mais altas quando comparadas às que incidem sobre países vizinhos, como Canadá e México. Essa constatação é apoiada por análises de especialistas que discutem a atual dinâmica comercial entre essas nações, enfatizando a complexidade e as possíveis repercussões dessas medidas. Observa-se que, atualmente, as tarifas para a China atingem a marca de 20%, sendo que essas tarifas já eram aplicadas sobre taxas anteriores, estabelecidas desde a primeira administração Trump, que não foram revertidas.
Em uma comparação entre as reações do Canadá e do México às políticas comerciais dos EUA, não se constatam diferenças significativas nas respostas desses países. Apesar de o México apresentar uma dependência levemente maior em relação a suas vendas para os Estados Unidos, com 27% do seu PIB, enquanto o Canadá representa 21%, ambos demonstram tendências de resposta similares às pressões comerciais impostas. Especialistas apontam que as tarifas aplicadas ao Canadá e ao México podem ter consequências prejudiciais, com possíveis custos adicionais e ineficiências, especialmente na indústria automobilística, que opera em uma configuração otimizada para eficiência.
Preocupações foram expressas quanto à visão de membros da administração americana sobre superávits comerciais, que seriam vistos como exploração. Essa perspectiva pode desconsiderar fatores essenciais que contribuem para o déficit comercial dos Estados Unidos, tais como o descompasso entre demanda agregada e capacidade produtiva. A crítica dirigida a essa mentalidade foi enfática, considerando-a uma abordagem errônea e alertando sobre os riscos de tentar corrigir o déficit comercial com ações bilaterais.
Por fim, destaca-se que a guerra comercial iniciada por Trump teve impactos alarmantes, afetando não apenas o setor agrícola dos Estados Unidos, que perdeu terreno para concorrentes como o Brasil, mas também causando danos significativos à indústria manufatureira de modo geral.