O endurecimento das políticas de deportação para imigrantes ilegais, um dos compromissos de campanha do presidente Donald Trump, tem gerado apreensão entre os brasileiros nos Estados Unidos.
No último sábado, 1º, o presidente americano cumpriu sua promessa e assinou uma ordem que estabelece tarifas sobre produtos importados do Canadá, México e China. As novas taxas entrarão em vigor na próxima terça-feira, 4. Trump declarou estado de emergência para justificar a imposição dessas tarifas. Todos os produtos provenientes da China terão um imposto de 10%, enquanto os do Canadá e do México, principais parceiros comerciais dos Estados Unidos, receberão uma taxação de 25%. Uma exceção é feita para os produtos utilizados na geração de energia do Canadá, como óleo e gás natural, que serão taxados em 10%.
De acordo com a Casa Branca, a medida assinada por Trump inclui uma cláusula que permitirá o aumento adicional das taxas caso os países afetados retribuam, o que já foi ameaçado tanto pelo Canadá quanto pelo México, que planejam, se necessário, implementar suas próprias tarifas em resposta.
As tarifas foram justificadas por Trump como uma maneira de pressionar os três países a interromper a produção e a disseminação de fentanil, uma substância que vem causando uma severa crise de saúde pública nos Estados Unidos, além de forçar o Canadá e o México a controlar melhor a imigração ilegal. Durante sua campanha e na sua posse, Trump havia se comprometido a reduzir a inflação, mas economistas alertam que as tarifas podem produzir o efeito contrário, encarecendo produtos amplamente consumidos pelos americanos. Eles também destacam que essas taxações podem afetar negativamente o comércio global e o crescimento econômico em escala mundial.
