13 abril 2025
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Taxas de Juros Futuros Caem em Meio a Tensão Entre EUA e China

As taxas dos DIs apresentaram queda nesta sexta-feira, refletindo um desempenho positivo para ativos brasileiros em um contexto de ajustes nas posições dos investidores, após quatro dias consecutivos de altas nas taxas de juros futuras e a persistente atenção à guerra comercial entre Estados Unidos e China. No fechamento do dia, a taxa do DI para janeiro de 2027 era de 14,37%, abaixo do ajuste anterior de 14,499%. Para janeiro de 2028, a taxa ficou em 14,205%, representando uma queda de 15 pontos-base em relação ao ajuste de 14,362%.

A confiança na indústria nacional atingiu seu menor nível em quase cinco anos. O preço do petróleo registrou alta no fechamento do dia, embora tenha tido uma queda acumulada na semana, em meio a incertezas sobre tarifas comerciais. Brasil e Estados Unidos realizaram a primeira reunião comercial após a implementação das tarifas elevadas propostas pelo governo Trump.

Nos contratos de longo prazo, a taxa para janeiro de 2031 se posicionou em 14,55%, uma redução em comparação ao ajuste anterior de 14,739%. Já para janeiro de 2033, a taxa foi registrada em 14,64%, com uma diminuição de 22 pontos em relação ao ajuste de 14,867%. O dia foi caracterizado por um aumento do apetite por risco no cenário global, com recuperação parcial nos mercados de ações e nas moedas de países emergentes, após uma semana de alta volatilidade provocada pelas incertezas em relação à política comercial do governo dos EUA.

Recentemente, a China anunciou um aumento nas tarifas sobre produtos norte-americanos para 125%, como uma resposta à taxa de 145% imposta por Trump ao país asiático, que intensifica as tensões comerciais. A Casa Branca, por sua vez, expressou otimismo quanto à possibilidade de um acordo comercial com a China, embora a reação dos investidores em geral tenha sido negativa, refletindo uma preocupação crescente de que essas tensões possam acelerar a inflação global e impactar o crescimento econômico.

Na curva de juros, o pessimismo resultou em taxas futuras mais elevadas, à medida que os agentes financeiros começaram a aplicar prêmios de risco maiores ao Brasil, devido à sua relação comercial significativa com as duas maiores economias mundiais. Durante a semana, a taxa do DI para janeiro de 2027 aumentou 13 pontos-base, enquanto a taxa para janeiro de 2031 subiu 17 pontos-base. As consecutivas altas abriram espaço para ajustes nesta sexta-feira, mesmo com a incerteza persistente sobre a situação comercial.

As taxas dos DIs caíram em contraste com os rendimentos dos Treasuries, que tiveram uma forte alta em mais um dia, enquanto os investidores continuavam a se desfazer de ativos norte-americanos em meio a temores de uma recessão no país. O rendimento do Treasury de dez anos, que é uma referência global para decisões de investimento, subiu 7 pontos-base, alcançando 4,466%. No Brasil, a agenda de dados econômicos ficou em segundo plano. O IBGE reportou que o aumento do IPCA em março desacelerou mais do que o previsto em relação ao mês anterior, mas ainda alcançou 5,48% em análise de 12 meses. O Banco Central anunciou, ainda, que a atividade econômica no Brasil teve um crescimento superior ao esperado em fevereiro, sendo impulsionada pelo setor agropecuário.

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