Um terremoto de magnitude 7,7 ocorreu em Mianmar na sexta-feira, 28, liberando uma quantidade de energia equiparada a mais de 300 explosões de bombas atômicas. Segundo especialistas, essa força liberada pelo tremor é aproximadamente igual a 334 explosões atômicas. As autoridades geológicas alertam que é provável que tremores secundários continuem a afetar a região, uma vez que a interação entre a placa tectônica indiana e a placa eurasiana a que Mianmar está sujeita é contínua. A duração desses tremores secundários pode se estender por vários meses.
A situação em Mianmar é agravada por uma guerra civil que já dura quatro anos, causada por um golpe militar que resultou em um colapso econômico. Durante esse período, as forças da junta militar têm enfrentado grupos rebeldes, o que complica ainda mais a resposta à catástrofe natural. O contexto de conflito, aliado à interrupção das comunicações, impede que o mundo exterior compreenda plenamente o impacto do terremoto até o momento.
As autoridades locais informam que ao menos mil pessoas já perderam suas vidas em decorrência do terremoto. Contudo, o Serviço Geológico dos Estados Unidos estima que o número de fatalities pode superar 10 mil, baseado em projeções iniciais que utilizam modelagem estatística. A situação continua a ser monitorada enquanto equipes de resgate e apoio tentam avaliar os estragos em meio às dificuldades impostas pela guerra e pela natureza.