O terremoto de magnitude 7,7 que afetou a região central de Mianmar pode levar o número de vítimas a superar 10 mil, conforme estimativas do Serviço Geológico dos EUA (USGS) divulgadas nesta sexta-feira (28). O USGS emitiu um alerta vermelho, indicando uma previsão de “altas baixas e danos extensos” em consequência do tremor. Enquanto isso, o governo militar do país reportou a confirmação de pelo menos 144 fatalities até o momento, com a expectativa de que esse número cresça à medida que as operações de resgate e a remoção de escombros avancem.
O terremoto também teve impactos significativos na Tailândia, onde autoridades relataram a morte de pelo menos 10 pessoas na capital, Bangkok. Equipes de resgate estão trabalhando intensamente nos destroços de um edifício em construção que desabou, resultando em mais de 100 pessoas ainda desaparecidas na região.
Em Mianmar, a destruição foi mais intensa na cidade de Mandalay, que abriga uma população de cerca de 1,5 milhão de habitantes e é um importante centro cultural e histórico. A junta militar no poder solicitou que doações de sangue fossem realizadas, em um momento de necessidade crescente. A Organização das Nações Unidas (ONU) observou que os primeiros relatórios da situação no país indicam “danos significativos”.
Este sismo é considerado o mais intenso a atingir Mianmar desde 1946 e provavelmente figura entre os mais devastadores da era moderna. O evento ocorreu ao longo da Falha de Sagaing, e um terremoto de magnitude similar havia sido registrado apenas recentemente, em 2023, na Turquia, resultando na morte de mais de 50 mil pessoas.