As altas nos preços do tomate, café moído e ovo de galinha contribuíram com 25% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de março. O tomate, em particular, registrou um aumento de 22,55%, resultando em uma contribuição de 0,05 ponto percentual para a inflação medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo de Alimentação e Bebidas apresentou um crescimento de 1,17% em março, em comparação a 0,70% em fevereiro, marcando o sétimo aumento consecutivo. Esse grupo foi responsável por 0,25 ponto percentual da taxa total de 0,56% do IPCA do último mês, com Alimentação e Bebidas apresentando a maior variação, impactando aproximadamente 45% do IPCA de março.
Os preços dos alimentos consumidos no domicílio aumentaram 1,31% em março. Além do tomate, destacaram-se também as altas no preço do ovo de galinha, que subiu 13,13%, e no café moído, cuja elevação foi de 8,14%. O café moído acumulou um aumento de 77,78% nos últimos 12 meses. Juntas, as altas no tomate, café moído e ovo de galinha representaram 25% do IPCA de março. Em contraste, houve quedas em produtos como o óleo de soja (1,99%), o arroz (1,81%) e as carnes (1,60%), com o contrafilé apresentando a maior redução, de 3,40%, gerando um alívio de -0,02 ponto percentual no IPCA. A alimentação fora do domicílio teve um aumento de 0,77% em março, com os lanches subindo 0,63%, refeições fora de casa 0,86%, e o preço do cafezinho subindo 3,48%.
Em relação ao setor de Transportes, as passagens aéreas aumentaram 6,91%, tornando-se a terceira maior pressão sobre a inflação de março, ficando atrás apenas do tomate e do café moído, e contribuindo com 0,04 ponto percentual para a taxa de 0,56% registrada no IPCA. Os gastos familiares com os Transportes apresentaram uma alta de 0,46% em março, após um aumento de 0,61% em fevereiro, contribuindo com 0,09 ponto percentual para o IPCA do mês. Os preços dos combustíveis também sofreram elevações, com a gasolina aumentando 0,51%, o óleo diesel 0,33%, o etanol 0,16% e o gás veicular 0,23%.
Por outro lado, o preço do transporte urbano caiu 1,09%. Essa redução considera o reajuste de 4,17% nas tarifas em Porto Alegre, que entrou em vigor em 31 de março, bem como as diminuições em Curitiba, devido à tarifa promocional de metade do valor aos domingos e feriados, e em Brasília, onde foi decretada tarifa zero aos domingos e feriados a partir de 1º de março, aplicável também ao metrô. Em março, o preço do táxi subiu 0,23%, resultado de reajustes que ocorreram em Aracaju (14,88% a partir de 11 de março) e em Porto Alegre (10,91% desde 31 de março).
