9 março 2025
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Trabalho Autônomo no Brasil: Mais Horas, Menores Ganhos

Os trabalhadores autônomos no Brasil dedicam um tempo significativo às suas atividades profissionais, superando a carga horária de empregados com carteira assinada e empregadores, conforme revela uma nova pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No quarto trimestre de 2024, indivíduos autônomos registraram uma média de 45,3 horas de trabalho por semana, enquanto a média geral de horas trabalhadas no país foi de 39,1 horas.

A média nacional inclui os celetistas, que englobam também trabalhadores domésticos com uma carga média de 39,6 horas semanais, e empregadores que têm aproximadamente 37,5 horas de trabalho por semana. Além disso, trabalhadores familiares auxiliares, que assistem em atividades econômicas de familiares sem remuneração, têm uma média de 28 horas de trabalho por semana.

Apesar de sua carga horária mais intensa, os autônomos apresentam a menor remuneração entre as categorias analisadas. No último trimestre do ano passado, o rendimento médio dos brasileiros foi de 3.215 reais, enquanto os trabalhadores por conta própria tiveram um ganho médio de 2.682 reais. Em comparação, os empregados registraram um salário médio de 3.105 reais, e os empregadores ficaram no topo, com 8.240 reais.

A análise do IBGE sugere que a diferença nos salários está relacionada à ausência de benefícios trabalhistas e à instabilidade financeira frequentemente associada ao trabalho autônomo. É importante observar que a capacidade de geração de renda pode variar amplamente conforme o setor e a região do Brasil. Contudo, o avanço tecnológico e a crescente aceitação do trabalho remoto têm criado novas oportunidades para esses profissionais, contribuindo para a melhoria das condições de trabalho e aumento da renda.

O estudo também destaca que, na cidade de São Paulo, os trabalhadores autônomos são os que enfrentam a maior carga horária, com uma média de 46,9 horas por semana. No Rio Grande do Sul e no Ceará, as médias registradas foram de 46,5 e 46,2 horas, respectivamente. Entre os empregados, São Paulo também se destaca com uma média de 40,7 horas semanais, seguido por Santa Catarina e Mato Grosso.

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