Um traficante de 48 anos foi fatalmente atingido em um confronto com a Polícia Militar durante um suposto evento de gravação de clipe em uma propriedade rural em Indaiatuba, interior de São Paulo. O incidente ocorreu na última segunda-feira, 17 de outubro. O delegado responsável, Danilo Amancio Leme, informou que o indivíduo, identificado como Mauro Alves De Menezes, conhecido como “Carcaça”, era membro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Durante a operação, além de Carcaça, outras oito pessoas, com idades entre 21 e 56 anos, foram detidas sob acusações de envolvimento em organização criminosa. Ele era considerado um dos principais traficantes na região de Indaiatuba.
A ocorrência foi registrada após a Polícia Militar ter sido acionada para investigar denúncias de venda de drogas e disparos de arma de fogo em uma chácara localizada na Estrada Municipal Grama Videira. Ao chegarem ao local, os agentes encontraram dois indivíduos armados, que tentaram escapar. Um dos homens correu para os fundos da propriedade, enquanto o outro foi localizado no banheiro. Durante a abordagem, Mauro disparou contra um dos policiais, que revidou, atingindo-o com dois tiros. O suspeito não sobreviveu aos ferimentos e foi declarado morto no local.
Durante a operação, foram apreendidos veículos de luxo, armamentos, valores em moeda nacional e estrangeira, além de substâncias ilegais, incluindo maconha.
Em relato à polícia, o filho de Mauro afirmou que possuía uma produtora musical e que havia sido convidado pelo pai para participar de uma gravação de clipe de um MC. Segundo ele, no local, encontrou garotas de programa, assim como seu pai e amigos. O filho negou que Mauro estivesse armado.
Após sua chegada, o filho informou que os policiais invadiram o local em meio a disparos, ordenando que todos se deitassem. Aproximadamente meia hora depois, ele escutou o som de uma ambulância e perguntou aos policiais sobre a condição de seu pai, sendo informado de que Mauro estava bem. Ele acrescentou que havia drogas disponíveis no evento, como maconha e lança-perfume. Quando questionado a respeito do passado de seu pai com o tráfico, mencionou que Mauro já havia sido preso, mas afirmava ter mudado de vida e se tornado empresário.
Algumas das garotas de programa presentes relataram que foram pagas em torno de R$ 500 para permanecer na chácara por cinco horas. O delegado que investigou o caso observou que a alegação de gravação de clipe surgiu porque as mulheres dos detidos estavam na delegacia no momento dos depoimentos, indicando que esta foi uma tentativa de justificar a presença delas.
O delegado concluiu que a chácara havia sido alugada para uma festa, e não para a gravação de um clipe. Ele destacou que não havia indícios de música, equipamentos de som ou qualquer outra preparação relacionada a produção musical, com a maioria dos elementos no local consistindo em bebida e drogas. As próprias garotas de programa indicaram que foram contratadas para trabalhar no evento.