O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem demonstrado um aumento na disposição de aceitar os impactos econômicos internos ao aplicar tarifas como um instrumento político. Essa avaliação foi feita por um especialista, que observa que a administração Trump não apenas vê as tarifas como um meio de trazer empregos de volta à economia americana, mas também como uma fonte de receita para financiar a redução de impostos vinculada a uma reforma tributária que está sendo debatida no Congresso.
O espaço para negociações comerciais do Brasil é considerado limitado, especialmente em comparação com outras nações. De acordo com análise, a capacidade do Brasil de conseguir concessões relacionadas às tarifas de aço, entre outras possíveis, é menor. Este contexto sugere que o país deveria adotar uma estratégia similar à de algumas nações do sudeste asiático, como Vietnã, Malásia e Indonésia. Essa abordagem envolve evitar retaliações tarifárias e, em vez disso, aumentar as compras de produtos norte-americanos enquanto se expandem gradualmente as relações comerciais com a Europa e a China.
Além disso, o especialista aponta que países como México, Canadá e China têm respondido de maneira diferente, tentando impor custos a estados e eleitores republicanos que influenciam a administração Trump, com o objetivo de desestimular aumentos tarifários. Contudo, para o Brasil e outros países com um volume comercial menor com os EUA, essa tática pode não ser tão eficiente. A conclusão é que, devido à falta de instrumentos de retaliação tarifária significativos, o ideal seria manejar a situação de forma a evitar uma escalada em uma guerra tarifária.