domingo, fevereiro 2, 2025
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Trump afirma que 538 imigrantes foram…

Autoridades dos Estados Unidos realizaram a prisão de 538 imigrantes considerados “ilegais criminosos” e deportaram “centenas” deles em uma operação significativa nos primeiros dias do segundo mandato do presidente Donald Trump, conforme divulgou a secretária de imprensa da Casa Branca. “A administração Trump efetuou 538 prisões de imigrantes ilegais criminosos e enviou centenas de indivíduos em aviões militares”, postou ela em uma rede social. “Estamos no meio da maior operação de deportação em massa que já houve”.

Em entrevista a uma televisão, ela mencionou que o novo governo está utilizando todos os meios à disposição do poder executivo para garantir a segurança nas fronteiras do país e que pretende transmitir uma mensagem clara globalmente: “Se você está pensando em entrar ilegalmente em nosso país e transgredir as leis dos Estados Unidos, vai enfrentar consequências”.

O ICE, a conhecida agência de imigração, confirmou as “538 prisões” e “373 ordens de detenção” em uma atualização sobre a aplicação da lei. Essas ordens são emitidas para estrangeiros que foram detidos devido a acusações criminais e que a agência acredita que podem ser deportados, com a intenção de mantê-los sob custódia.

Durante sua campanha, Trump prometeu levar a cabo “a maior deportação da história dos Estados Unidos”, e já nos primeiros dias de seu governo começou a implementar essa estratégia. Contudo, a realização de tal operação pode encontrar obstáculos legais e financeiros, uma vez que estimativas indicam que deportar 1 milhão de imigrantes anualmente, como prometido, poderia custar cerca de 300 bilhões de dólares.

Em relação a imigrantes em situação irregular, sua primeira ação foi declarar emergência nacional na fronteira sul, o que permite redirecionar recursos para intensificar a segurança com o envio de tropas militares (exatamente 1.500 soldados foram mobilizados em um dia específico) e reiniciar a construção do famoso muro.

Além disso, ele suspendeu um aplicativo criado durante o governo Biden que permitia o encaminhamento de pedidos de asilo e cancelou todas as audiências previamente agendadas. Como prometido, ele gerou um clima de temor entre os aproximadamente 11 milhões de estrangeiros que se encontram em situação irregular ao autorizar operações da ICE em locais considerados santuários, como escolas, igrejas e hospitais.

Em outro decreto, Trump identificou gangues urbanas como organizações terroristas equiparadas a Al-Qaeda e ao Estado Islâmico, instruindo o Departamento de Justiça a solicitar pena de morte para imigrantes ilegais que cometessem crimes graves, uma visão que conta com o apoio de 55% da população. O mesmo departamento também estabeleceu uma diretiva que determina que qualquer funcionário público ou policial que se recuse a seguir as novas diretrizes em relação ao cerco a imigrantes ilegais deve ser afastado e processado.

A ação presidencial mais ousada com relação à imigração consiste na revogação da concessão automática de cidadania americana para filhos de estrangeiros em situação irregular ou temporária. Esse direito é garantido pela 14ª Emenda da Constituição, que estabelece que todas as pessoas nascidas nos Estados Unidos são cidadãs do país. Promotores em 22 estados governados por democratas já moveram ações judiciais contra o decreto, e no dia 23 um juiz em Seattle emitiu uma ordem bloqueando temporariamente a medida para análise.

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