O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que estão ocorrendo “boas conversas” em relação a Gaza, ao ser questionado sobre o futuro do cessar-fogo entre Israel e militantes do Hamas, embora não tenha fornecido detalhes específicos sobre os diálogos. A declaração foi feita durante uma entrevista coletiva na Casa Branca, ao lado do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na quinta-feira (27).
O cessar-fogo, implementado em três fases, entrou em vigor em 19 de janeiro e resultou na liberação de 33 reféns israelenses que estavam em Gaza, além de cerca de dois mil palestinos que estavam detidos em Israel. O acordo inicial, que tem uma duração de seis semanas, está previsto para expirar neste fim de semana. Em resposta à situação, Israel anunciou que enviaria uma delegação ao Cairo para discutir os termos de uma possível extensão do cessar-fogo.
Perguntado sobre a possibilidade de a segunda fase do acordo ser implementada, Trump declarou: “Vamos ver o que acontece. Ninguém realmente sabe, mas veremos. Temos algumas conversas muito boas acontecendo.” As duas partes, Israel e Hamas, trocaram acusações em relação a violações do cessar-fogo. As Nações Unidas chamaram a atenção para imagens de reféns israelenses visivelmente debilitados e de palestinos libertados, descrevendo-as como angustiantes e representativas das condições precárias em que estavam detidos.
Durante a coletiva, Starmer reafirmou seu apoio a uma solução de dois estados, a qual propõe a criação de um estado palestino na Cisjordânia ocupada por Israel e em Gaza, coexistindo ao lado de Israel. Ele afirmou: “Acredito que a solução de dois estados é, em última análise, o único caminho para uma paz duradoura na região,” respondendo a possibilidades e propostas apresentadas anteriormente por Trump, que foram amplamente criticadas como uma tentativa de limpeza étnica.
