O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na segunda-feira (10) a possibilidade de suspender a ajuda financeira destinada à Jordânia e ao Egito, caso esses países não aceitem a realocação de refugiados palestinos provenientes de Gaza. A declaração ocorreu um dia antes de um encontro entre Trump e o Rei Abdullah da Jordânia, agendado para a terça-feira (11) na Casa Branca.
Durante uma entrevista no Salão Oval, Trump foi questionado se reteria a ajuda americana, ao que respondeu: “Sim, talvez, claro, por que não?” O presidente indicou que a possível retenção de assistência estaria condicionada à aceitação de milhões de refugiados palestinos por parte da Jordânia e do Egito.
A proposta de Trump sugere que ambos os países recebam um grande número de novos refugiados palestinos, ao mesmo tempo que continuaria a receber apoio financeiro dos Estados Unidos. Contudo, na semana anterior, os líderes da Jordânia e do Egito haviam expressado sua rejeição ao plano do presidente.
A preocupação do Egito está relacionada ao receio de que um aumento na população de refugiados palestinos possa desestabilizar a região do Sinai. Nesse contexto, o governo egípcio anunciou a convocação de uma cúpula “emergencial” da Liga Árabe, a ser realizada no Cairo em 28 de fevereiro, para discutir os “novos e perigosos desenvolvimentos” na situação palestina.
Os comentários de Trump surgiram após o Hamas informar que adiaria a liberação de reféns programada para sábado, dia 15, citando que Israel havia quebrado o acordo de cessar-fogo na segunda-feira (10). Em relação a este assunto, Trump declarou aos repórteres que, caso todos os reféns não fossem libertados até sábado ao meio-dia, ele consideraria cancelar todo o acordo e permitir que a situação se intensificasse.
