A demissão de Hampton Dellinger, principal advogado do Escritório do Conselho Especial, ocorreu em 7 de fevereiro, conforme a Casa Branca. Dellinger moveu uma ação contra o presidente, resultando em uma ordem de um tribunal distrital para a reintegração de seu cargo. Entretanto, o Tribunal de Apelações dos Estados Unidos rejeitou o pedido do governo Trump para revogar essa decisão.
No recurso apresentado à Suprema Corte, a ação da justiça foi caracterizada como um “ataque sem precedentes à separação de poderes”. O documento ressalta que, até o momento, não existe registro de que um tribunal nos Estados Unidos tenha ordenado que um presidente mantenha um chefe de agência em quem não confia, o que limita a escolha de um substituto de sua confiança. A apelação também aponta que a intervenção judicial em Nova York reflete uma tendência crescente, alertando que o Judiciário não deve governar através de ordens temporárias que substituam a responsabilidade política prevista na Constituição.
O ex-presidente Trump, que iniciou seu segundo mandato recentemente, implementou uma campanha, com a participação do bilionário Elon Musk, para reduzir ou desativar partes do governo dos Estados Unidos. No entanto, essa intenção tem encontrado forte oposição judicial, com uma série de ordens contrárias emitidas com base em aproximadamente 40 processos judiciais. Entre os desafios enfrentados estão tentativas de congelar 3 trilhões de dólares em subsídios e empréstimos federais, um programa de demissão voluntária para servidores públicos e transferências de presos transgêneros para instituições de segurança masculina.
Além disso, Trump teve divergências com a Justiça a respeito de sua proposta de abolir a cidadania por direito de nascimento, enviar migrantes venezuelanos para Guantánamo, e cortar financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde, além de demitir funcionários da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).