O presidente dos Estados Unidos tomou uma decisão na tarde de terça-feira, 29, ao assinar uma série de ordens executivas destinadas a reduzir as tarifas impostas às montadoras de veículos. Essa medida foi solicitada pelas próprias fabricantes, que expressaram preocupações relacionadas ao aumento do custo de produção, inflação, queda na lucratividade e possíveis demissões de funcionários.
Empresas como Ford e General Motors estavam entre as montadoras que dialogaram com o presidente sobre essa redução tarifária. Com base nas ordens executivas, as fábricas que arcam com tarifas sobre importações estarão isentas, por um período, do pagamento de impostos sobre aço e alumínio provenientes de países como Canadá e México. Esses pontos foram alguns dos primeiros abordados pela administração no início da política tarifária.
Embora as montadoras não precisem arcar diretamente com essas tarifas, seus fornecedores poderão repassá-las, o que pode influenciar os preços finais dos veículos, visto que a decisão não abrange toda a cadeia produtiva. Apesar disso, a medida representa um avanço significativo para as reivindicações mais urgentes do setor automotivo, especialmente considerando a iminente implementação de tarifas de 25% sobre a importação de peças automotivas.
Além disso, as empresas do setor poderão ter uma flexibilização nas tarifas de acordo com os custos dos componentes importados. No entanto, essa decisão é temporária, com duração prevista de dois anos. A determinação do presidente foi amplamente antecipada pelo mercado, devido às incertezas que envolveram o assunto, especialmente no que diz respeito às relações comerciais com a China, onde o embate tem sido mais intenso. Durante um discurso na Casa Branca, o presidente classificou a decisão como uma transição de curto prazo que deve ser “aproveitada” pelas montadoras.