29 abril 2025
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Trump atinge 100 dias: Tarifas em Suspenso e Popularidade em Queda

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, completa neste dia 29 de outubro seus primeiros 100 dias desde que reassumiu a presidência em 20 de janeiro de 2025. Durante este período, ele implementou uma guerra tarifária global sem precedentes e reduziu a assistência externa dos Estados Unidos. Além disso, fez declarações sobre a possível anexação da Groenlândia, a reapropriação do Canal do Panamá e a transformação do Canadá no 51º estado americano. A campanha de Trump nos primeiros 100 dias tem sido frequentemente imprevisível, desafiando a ordem global estabelecida, a qual os Estados Unidos ajudaram a construir após a Segunda Guerra Mundial.

Especialistas em relações internacionais, como Dennis Ross, ex-negociador do Oriente Médio, observam que essa nova postura resultou em uma significativa mudança nos assuntos globais. Ross afirmou que a incerteza sobre a situação atual e o futuro é palpável, pois as reações ao comportamento de Trump são variadas e imprevisíveis.

A administração Trump rejeita críticas sobre a credibilidade dos Estados Unidos, atribuindo a necessidade de recuperação à liderança de seu antecessor, Joe Biden. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Brian Hughes, afirmou que Trump está agindo rapidamente para enfrentar desafios globais, buscando trazer Rússia e Ucrânia de volta à mesa de negociações e impondo pressão sobre a China, além de reafirmar a postura rigorosa em relação ao Irã.

À medida que Trump se aproxima de seu centésimo dia de governo, pesquisas apontam uma percepção negativa crescente entre os cidadãos sobre suas ações até o momento. O presidente acusou parceiros comerciais de décadas de exploração dos Estados Unidos, implementando tarifas que impactaram os mercados financeiros e provocaram preocupações sobre uma possível desaceleração econômica global.

Trump descreveu essas tarifas como “remédios” necessários, embora os objetivos de sua política permaneçam obscuros, enquanto sua administração tenta negociar acordos com diversos países. Ao mesmo tempo, ele reverteu a política dos EUA em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia, envolvendo-se em discussões diretas com o presidente ucraniano.

Além disso, Trump manifestou interesse em reforçar o controle dos Estados Unidos sobre a Groenlândia e sugeriu a possibilidade de anexar o Canadá. Ele também mencionou a intenção de tomar posse do Canal do Panamá e propôs que os Estados Unidos assumissem o controle de Gaza como forma de criar um resort na região.

Analistas identificam que a postura de Trump pode estar buscando estabelecer uma nova estrutura de influência global, similar à da Guerra Fria. No entanto, não foram apresentados detalhes sobre como os Estados Unidos poderiam expandir seu território, levando alguns a considerar estas afirmações como estratégias de negociação.

Com as relações entre os Estados Unidos e o Canadá deterioradas, o país vizinho busca fortalecer suas alianças econômicas e de segurança com a Europa. Por outro lado, alguns governos podem optar por estreitar laços comerciais com a China, que é um dos principais alvos das tarifas implementadas por Trump.

A China, por sua vez, busca se posicionar como uma alternativa para as nações que se sentem ameaçadas pela política comercial de Trump, apesar de suas próprias práticas econômicas controversas. Ex-diplomatas americanos sugerem que ainda é possível que Trump mude sua abordagem na política externa, especialmente se enfrentar pressão de colegas do Partido Republicano preocupados com os riscos econômicos, diante das eleições de meio de mandato no próximo ano.

Contudo, se Trump mantiver suas direções atuais, o próximo presidente poderá encontrar grande dificuldade em restaurar a posição dos Estados Unidos como garantidor da ordem global, um processo que poderá ser repleto de obstáculos. A dinâmica atual ainda parece estar longe de se tornar irreversível, mas o impacto nas relações com aliados e a vantagem dos adversários pode ser monumental.

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