O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu a uma reportagem que afirmava que ele havia solicitado a Israel que adiasse um ataque a instalações nucleares no Irã, enquanto as negociações sobre o programa nuclear iraniano estavam em andamento. Durante uma coletiva de imprensa no Salão Oval da Casa Branca, Trump declarou que “não diria que [o ataque israelense] foi descartado” e expressou sua opinião de que “não há pressa em fazê-lo”, uma vez que acredita que o Irã pode se tornar um grande país e viver em paz.
Trump manifestou seu desejo de que o Irã prospere e viva em harmonia, considerando esta a sua primeira opção. Ele mencionou a possibilidade de uma segunda opção, a qual acredita que seria prejudicial para o Irã. Durante uma reunião com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, Trump afirmou que “espera que eles queiram conversar”, enfatizando que o diálogo seria benéfico para o futuro do país.
Na quarta-feira, uma reportagem do The New York Times indicou que Trump havia pedido a Israel para se abster de um ataque às instalações nucleares iranianas, com o objetivo de permitir o progresso das negociações entre os Estados Unidos e o Irã. Tal ataque poderia interferir nos compromissos agendados pela equipe de segurança nacional de Trump.
A reportagem surgiu dias antes de um encontro entre o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, e o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, que está agendado para ocorrer em Roma. Durante a coletiva, o presidente reiterou que seu objetivo primordial é evitar que o Irã possua uma arma nuclear, afirmando: “O Irã não pode ter uma arma nuclear, é bem simples.” Ele enfatizou ainda que os Estados Unidos não pretendem tomar a indústria ou as terras do Irã, mas apenas demandam que o país renuncie ao seu desejo de desenvolver armamento nuclear.
