O Departamento de Transportes dos Estados Unidos decidiu revogar a autorização para um programa de pedágio urbano em Nova York, que tinha como objetivo aumentar a utilização do transporte público e reduzir o número de veículos em Manhattan. A decisão foi anunciada na quarta-feira, 19, pelo governo federal, que justificou a medida como uma ação em defesa dos motoristas de classe média. Segundo o secretário Sean Duffy, o programa seria injusto, pois os recursos arrecadados seriam destinados ao transporte público em vez de melhorias nas rodovias.
Duffy argumentou que os usuários das rodovias já contribuíram para a sua construção e manutenção por meio de impostos sobre combustíveis e outras taxas. Na comunicação, ele destacou que o pedágio impõe uma carga financeira adicional aos motoristas, limitando seu direito de acesso gratuito às estradas.
Em contrapartida, a Autoridade Metropolitana de Trânsito (MTA) anunciou que entrará com uma ação judicial contra a decisão do governo, buscando reverter a suspensão do programa. A MTA defendeu que a implementação do pedágio resultou em uma diminuição significativa do congestionamento e do tempo médio de deslocamento na região.
O sistema de pedágios estipulava uma taxa de US$ 9 por dia para veículos de passeio durante os horários de pico, visando estimular o uso do transporte público e limitar a quantidade de carros em Manhattan. A governadora de Nova York, Kathy Hochul, manifestou sua oposição à decisão do governo federal, afirmando que a situação será resolvida na Justiça. Em sua declaração, ela assegurou que o programa permanecerá em vigor enquanto os trâmites legais estiverem em andamento.
A reação do ex-presidente Donald Trump à decisão foi de satisfação, compartilhando sua opinião nas redes sociais. No entanto, especialistas questionaram a validade da revogação, uma vez que os pedágios afetam rodovias federais, o que requer a aprovação governamental para quaisquer modificações.