O presidente dos Estados Unidos expressou, em 19 de julho, a necessidade de retorno do controle federal sobre a capital, Washington, com o intuito de apoiar os esforços do Congresso para uma mudança na governança. Durante suas declarações, ele criticou a criminalidade e a presença de pessoas em situação de rua na cidade, afirmando que “deveríamos tomar conta de Washington, D.C. — torná-la segura”.
Washington, D.C., foi estabelecida em terras cedidas pelos estados de Maryland e Virginia e é administrada sob a autoridade conhecida como “Home Rule”. Sob esse regime, todas as legislações locais estão sujeitas à revisão do Congresso, que possui o poder de vetar essas leis. Entretanto, alguns membros do Partido Republicano no Congresso propõem que a cidade, que atualmente conta com autonomia limitada, retorne ao controle federal direto, semelhante ao que ocorria na época de sua fundação.
O presidente também mencionou sua opinião sobre a prefeita Muriel Bowser, com quem afirmou ter uma boa relação pessoal, mas critica a administração da cidade. Ele declarou que “eles não estão fazendo o trabalho”, referindo-se ao aumento da criminalidade e à presença de barracas em áreas ajardinadas.
Trump fez questão de enfatizar a importância de embelezar a cidade para as visitas de líderes internacionais, como o presidente francês, Emmanuel Macron, e o presidente chinês, Xi Jinping, argumentando que “não se pode permitir que isso aconteça” e que a cidade não pode estar repleta de tendas em suas praças e gramados.
Em relação à criminalidade, a cidade de Washington, que possui aproximadamente 680.000 habitantes, registrou uma queda significativa em 2024, com homicídios reduzidos de 274 em 2023 para 187. Os casos de roubo de veículos também caíram cerca de 50%, embora ainda estejam acima dos níveis observados antes da pandemia, conforme publicado por veículos de comunicação locais. Entretanto, uma pesquisa recente do Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano da capital mostrou um aumento no número de pessoas em situação de rua. Em 2022, foram contabilizadas 4.410 pessoas sem-teto, número que subiu para 4.922 em 2023, chegando a 5.616 em 2024.
