Doug Emhoff, que é judeu, declarou que transformar uma das maiores atrocidades da história em um tema polarizador representa um perigo e desonra a memória dos seis milhões de judeus mortos pelos nazistas. A declaração foi feita em resposta à sua demissão do conselho de administração do Museu Memorial do Holocausto em Washington, uma ação ocorrida durante a administração do presidente Donald Trump.
Emhoff, casado com Kamala Harris desde 2014, havia sido nomeado para o conselho pelo presidente democrata Joe Biden. Ele utilizou suas redes sociais para deixar claro que a memória e a educação sobre o Holocausto não devem ser usadas para fins políticos, enfatizando a importância de preservar a memória das vítimas.
Desde que reassumiu o cargo em janeiro, Trump tem procurado influenciar instituições culturais e educativas, como o Kennedy Center e a Universidade de Harvard, enquanto também promove uma agenda que visa reverter ações de seus adversários políticos. Além de Emhoff, foram demitidos outros membros do conselho do Museu do Holocausto, incluindo figuras proeminentes da administração Biden.
Uma comunicação oficial do escritório de recursos humanos da Casa Branca informou os membros do conselho sobre a rescisão de suas posições, que foi efetivada imediatamente. O conselho que supervisiona o Museu foi criado pelo Congresso em 1980 e a instituição foi inaugurada em 1993.
Em resposta à sua demissão, Emhoff reafirmou seu compromisso com a memória do Holocausto e a luta contra o antissemitismo, garantindo que continuará a se manifestar, educar e combater o ódio em todas as suas formas, pois considera que o silêncio não é uma opção.