O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se manifestou em desacordo com a interpretação de que Wall Street possui dúvidas sobre sua determinação em implementar as tarifas que anuncia. Durante uma reunião no Salão Oval, ele respondeu a questionamentos sobre uma estratégia de negociação conhecida como “TACO”, que insinuava que suas recuos seriam parte de um plano maior para obter vantagens nas discussões comerciais. O termo, criado por um colaborador de uma publicação econômica, sugere que o presidente tende a desistir de suas ameaças tarifárias, como aquela que previa uma tarifa de 50% sobre produtos europeus, mas que foi adiada por um mês.
Trump explicou que sua técnica de negociação envolve inicialmente a definição de uma tarifa alta, que pode ser reduzida ao longo das discussões. Ele enfatizou que essa abordagem é uma forma válida de negociar. Essa estratégia tem sido visível em suas políticas tarifárias, que frequentemente apresentam variações. Por exemplo, tarifas sobre produtos chineses começaram em 145%, mas foram diminuídas para 30% após diálogos.
Durante sua gestão, Trump tem impactado os mercados com tarifas que chegaram a até 50% para alguns parceiros comerciais, decidindo posteriormente suspender essas taxas mais elevadas e mantê-las em 10% por um período de 90 dias, o que levou a uma recuperação nas ações. Em março, ele anunciou uma tarifa de 25% sobre veículos, mas acabou atendendo às demandas do setor automobilístico, aliviando as tarifas sobre metais.
Adicionalmente, a administração Trump isentou eletrônicos de consumo das tarifas impostas, proporcionando mais tempo para investigar questões relacionadas a semicondutores. O presidente defendeu que sua estratégia de ameaçar tarifas resultou em benefícios concretos. Contudo, especialistas estão expressando preocupações, sugerindo que essa tática pode perder eficácia ao longo do tempo, levantando questões sobre a viabilidade desta abordagem a longo prazo.
Trump se opõe às críticas, alegando que suas ações são cruciais para fortalecer as negociações comerciais. Em sua visão, sua metodologia, que envolve ameaças junto a concessões, é um método legítimo para alcançar os objetivos desejados nas relações comerciais internacionais.
