Poco depois de uma reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, no Vaticano, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de prolongar a guerra na Ucrânia. Em uma postagem nas redes sociais, Trump ameaçou implementar sanções adicionais, destacando que não havia justificativa para os ataques russos a áreas civis.
Em sua declaração, Trump sugeriu que a atitude de Putin poderia indicar uma falta de interesse em encerrar o conflito, afirmando que ele deveria ser tratado de maneira diferente. Essa crítica surgiu após o encontro com Zelenskyy no funeral do Papa Francisco, em Roma, que foi descrito pelo presidente ucraniano como um “bom encontro”, embora Trump não tenha comentado sobre a conversa na mesma postagem.
Na mesma semana, Trump já havia emitido críticas a Putin, expressando insatisfação com os ataques a Kyiv e pedindo que o presidente russo parasse com os bombardeios. Além disso, Trump utilizou a plataforma para rebater a cobertura da mídia sobre suas tentativas de mediação nas negociações de paz, direcionando críticas a ex-presidentes e mencionando dificuldades herdadas.
Durante a reunião no Vaticano, Trump e Zelenskyy conversaram na Basílica de São Pedro. Zelenskyy descreveu o encontro como simbólico e potencialmente histórico, com a esperança de resultados significativos, incluindo um cessar-fogo e garantias de paz. Um porta-voz da Casa Branca afirmou que a conversa foi produtiva, durando cerca de 15 minutos e resultando em um compromisso de continuar as negociações.
Recentemente, Trump declarou que as negociações entre Ucrânia e Rússia estavam progredindo, mas líderes americanos demonstraram frustração pela lentidão nas discussões. O Secretário de Estado Marco Rubio comentou que os Estados Unidos poderiam interromper as negociações caso não houvesse avanços significativos em breve. Trump também enfatizou a importância da assinatura de um acordo sobre minérios entre os Estados Unidos e a Ucrânia.
Em uma entrevista, Trump tomou uma posição polêmica sobre a Crimeia, afirmando que a região permaneceria sob controle russo, o que gera uma forte oposição por parte de Zelenskyy. Durante uma coletiva, Trump mencionou que Putin teria oferecido concessões relevantes para encerrar o conflito, sugerindo que ele não desejava o controle total da Ucrânia.
A reunião entre Trump e Zelenskyy foi a primeira desde um confronto anterior no Salão Oval, quando Zelenskyy expressou a desconfiança em relação a Putin e as negociações. Trump, por sua vez, criticou Zelenskyy de maneira enfática, sugerindo que suas ações poderiam intensificar o conflito e levando à possibilidade de abandono das negociações entre os dois países.